1961 – Quarta igreja: As missas então eram
celebradas na antiga escola pública. O povo inteiro tomou sobre si a
responsabilidade da construção. Nos domingos, centenas de pessoas caminhavam de
longas distâncias carregando tijolos sobre suas cabeças, mostrando
solidariedade com o novo pároco. Este, incansavelmente pedia ajuda aos
poderosos, até seus bens pessoais e de sua família foram aplicados nessa
construção. Também os interiores colaboravam. A câmara municipal aprovou uma
lei para a compra dos sinos. As contribuições foram registradas no livro de ouro. Em 1961 foi inaugurada
solenemente a edificação do novo templo. Em 1981 as paredes foram revestidas
interior- e exteriormente com pedras “piracuruca”, dando ao prédio um timbre
medieval.
2010 – Quinta igreja: Como já dissera o
historiador Mauro Rego, a preocupação dele seria que também esta igreja não
durasse quarenta anos, como todas as outras igrejas anteriores. E de fato,
sendo construída com os métodos do seu tempo, também ela mostrava falhas em
todos os lados. O prédio estava cedendo em si, pois muitos tijolos não eram bem
queimados e a água infiltrara nas fugas, ou desprendendo o cal e a argila, com
a qual elas foram coladas, ou amolecendo, tirando assim o sustento para este
peso imenso (as paredes laterais tinham a espessura de 60 cm, a torre um metro). A
torre se inclinara para frente puxando o mezanino e abrindo fissuras nas
laterais de cima para baixo. Também o alicerce foi lavado criando buracos de
baixo das paredes, e ao todo, o prédio estava cedendo no chão porque estava
construída em cima de areia sem sustento de estacas.
Em 2009 o Conselho Pastoral Paroquial, sob a
coordenação de Pe. Maurus Schneider e Raimundo Martins, decide unanimemente de
reconstruir uma nova igreja com as características antigas. O bispo de Coroatá,
Dom Reinaldo Pünder, com o Conselho Econômico da Diocese deram o seu aval. A
polêmica foi maior do que no tempo de Pe. Chiquinho, pois o caso tornara-se
politicagem, como é de costume em Anajatuba. Alguns procuraram interditar a
demolição pela justiça ou tombar o prédio pela câmara, com o reforço de todos
os meios de comunicação. Mas Pe. Maurus com o seu conselho e a ajuda do bispo
soberanamente souberam analisar a realidade e ficar com os pés no chão. A
Igreja não é partidária, ela aceita ajuda de qualquer lado que for, de toda a
pessoa de boa vontade.
E assim, no dia simbólico de 10/10/10, foi lançada a
primeira pedra sob o então Bispo Coadjutor Dom Sebastião Bandeira Coelho,
sem terem sido concluídos ainda os pressupostos administrativos. Pe. Maurus não
queria nem sequer pôr a pedra fundamental, antes de ter resolvido a questão do
terreno. Mais que quatro anos estavam lutando perante o poder judicial para
receber a escrituração da praça. Mas com a ajuda de José Lopes Mendonça e Luis
Carlos Verde, chegou-se a uma conclusão de que a Prefeitura poderia fazer a
doação do terreno à Diocese, ficando assim aprovado pela Câmara Municipal e
ratificado pelo Prefeito Dr. Nilton da Silva Lima Filho.
Em
relação à construção, quem por de trás mais se
empenhou na elaboração da construção foi Luis Henrique Everton, que fez
as
ligações com todas as entidades necessárias. O CPP, sob a coordenação de
José
Domingos Martins, aprovou a proposta. Com a incansável ajuda do Deputado
César
Pires, que é anajatubense, conseguimos o apoio dos engenheiros Adolfo
Rocha que
fez o projeto estrutural, João Goulart com o projeto arquitetônico, José
Raimundo Rodrigues Filho com os projetos elétrico predial e de descarga
atmosférica, Pedro Afonso Costa Lima, com os projetos hidráulicos e
sanitários,
e José Raimundo Carvalho, com o projeto orçamentário. Dia 23/6/11,
Corpus Christi, foi dado a bênção sacramental na Praça da Matriz,
intercedendo a Nossa
Senhora do Rosário por um bom êxito do trabalho, e agradecendo a
colaboração de
todos que têm boa vontade. Na festa de outubro começamos com o trabalho
dos
bate estacas.
Em Maio 2009 a GEOCRET de São Luís faz as sondagens
para examinar o solo do terreno na Praça da Matriz. Foram cavados dois buracos,
um dentro da Igreja Matriz, o outro fora. O resultado é que o chão só está
firme uns 10 à 12 metros de profundidade. Em cima tem diversas camadas de areia
fina e argila.
18 de Março 2011 falamos em frente da câmara municipal
agradecendo a doação que todos vereadores unanimemente fizeram. Cléber de
Itapecuru faz novas medidas do terreno da praça da igreja.
Tivemos em Abril 2011 um encontro com os engenheiros.
Ficou combinado que ficaríamos com o projeto arquitetônico inicial, que era com
os alicerces de estacas, e não sapatas. Os pedidos que fizemos com a Vale e
mais tarde também com a Transnordestina acabaram sem sucesso. Mas isto não
deveria criar desmotivação.
Finalmente, dia 6 de Junho 2011 aconteceu algo que já
estávamos esperando mais que 4 anos com o processo na justiça sobre o terreno
da praça. A juíza Edeuli tinha informado, que podemos obter o terreno se ele
fosse doado pela prefeitura, o que também aconteceu. Foram necessários 14
documentos para concluir o processo entre elas o termo de doação da prefeitura
e da câmara municipal. Tina ainda conseguiu que os gastos fossem baixados de
2.500 para 500,00 Reais. E depois de ter recebido o Alvará da prefeitura, tudo
estava encaminhado para a elaboração do prédio.
Em Junho 2011 tivemos encontros com Délio da
secretaria de cultura, a primeira Dama Lúcia, e Suza, a secretária de educação.
Ela mencionou que, mesmo eles dois sendo de outra denominação, queriam ajudar à
construção da igreja. Eles queriam botar a festa
junina sob o aspecto da construção da igreja sob o lema: São João por uma boa ação, construindo
nas entradas fachadas de madeira imitando a igreja de Pe. Chiquinho, construir
uma capelinha de taipa lembrando a primeira capela do povoado de Sipaú, pôr os
quadros e os sinos da casa paroquial na praça e escrever uma biografia de Pe.
Chiquinho. O dinheiro que iria ser arrecadado seria para a construção da
igreja, e só seria repassado em forma de material já comprado. Cada escola
também iria fazer esse trabalho de arrecadação de recursos por exemplo nos
arraiais ou venda de bolos, que também seria para este fim. Nos primeiros dias
ainda mostraram na tela os projetos da Igreja.
O Conselho Pastoral Paroquial tinha aprovado esta
proposta, porque devemos acolher cada boa intenção. Conclusão, a nossa própria
barraca rendou 3.300,00 reais, a ação da prefeitura nenhum centavo. Se já nos
tivéssemos dado o dinheiro que gastaram para a compra do material (15 mil
reais). Será que é só propaganda para ela mesmo, vendo que a critica doida nos
meios de comunicação não resultou em nada? Só que ela quis se expor e em
verdade não tem intuito nenhum de ajudar de reedificar o patrimônio da cidade.
Isto também se nota como poucos dias depois a primeira dama queria ajudar no
bairro São Benedito, mas só sob a condição de apresentar seu novo candidato.
Em Setembro 2011 também foi tomada a decisão de se
começar com a construção da igreja chamando a firma de Reinado em São Luis dos bate
estacas. Os trilhos deveriam chegar antes de outubro, para que o festejo não
fique desacreditado. A festa novamente foi um sucesso. A primeira estaca foi
batida antes da procissão em frente de todos os olhos. A CEMAR bota um medidor
trifásico na Praça da Matriz. Cada mês cobram uns 750 reais.
O CPP concordou fazer como próximo passo a campanha do alicerce. Isto tem que ser
bem trabalhado para arrecadar material ou dinheiro para o alicerce. Foi
reorganizar a comissão da construção da
igreja. Zé Benedito escreveu uma carta muito bonita, lembrando a construção
do templo de Salomão na Bíblia. Com uma fotografia da Maquete só precisamos
mais o orçamento do alicerce para com podermos fazer os pedidos de casa em
casa.
Em novembro 2011 mais outro caso nos preocupou.
Chegaram diversas pessoas da Vale dizendo que os trilhos do bate estacas foram
roubados. Nesta semana ainda vieram pessoas da Vale responsáveis sobre o setor
relações humanas confirmando que eles não eram da Vale. De fato, deve ter uma
quadrilha aí, que estão fazendo coisas criminosas. Mas foram pessoas do Alto
Alegre do Pindaré com sua politicagem, que botaram um blog na internet e falaram
na rádio Mirante contendo diversas mentiras. Os trilhos não são para a
manutenção da estrada de ferro, elas não prestam mais. Nós não compramos os
trilhos por 75 mil reais, mas a obra toda. A impressão que a gente tem é que
certas pessoas aqui de Anajatuba, que foram contra a destruição do antigo
templo, tentam agora trazer os problemas de outras cidades para cá denegrindo a
imagem da paróquia para se aproveitar da situação, não se conformando que a
nossa Igreja é critica e não faz genuflexão diante dos poderes públicos. Pedro
Aragão ainda dizia, que da porta para fora é ele que comanda. Agora se tem a
impressão que querem comandar até da porta para dentro.
No começo do ano 2012 temos a grande dificuldade com a
CEMAR, porque ela tinha cortado a luz na praça e continuava cobrando. Nos
primeiros meses ainda pagamos, para poder instalar energia trifásica no antigo
hospital. Depois não pagamos mais e fizemos um boletim de ocorrência na
delegacia. No fim isto ainda gerou que a diocese entrasse na SERASA.
No ano 2012 praticamente só trabalhamos no terreno do
antigo hospital para fazer as gaiolas. O povo pensava que nada ia adiante, mas
tudo estava atrás do muro. Quem se prontificou de ajudar e conduzir a obra foi
o engenheiro Clodson. Ganhamos também José de Ribamar, chamado de Caboco, para
nos ajudar na ferragem. Além disso trabalham direto ali Zé Miguel, Alberto Xin
e Raimundo. No fim do ano compramos também a betoneira e o vibrador.
Dia 7 de outubro 2012 foram as eleições. Dr. Nilton
veio um dia antes dizendo que queria dar a segunda parcela (1.500 R$) dos
tijolos prometido. Dia 14 é a festa, Dom Sebastião ainda estava de viagem na
Itália.
Dia 2 de MARÇO 2013
tivemos o primeiro mutirão, gastando 60 sacos de cimento. Fizemos uma
grade campanha para a doação de material de construção. Muitos paroquianos
ajudaram. – Dia 13 o novo papa argentino, Francisco, foi eleito.
Em ABRIL 2013 chegam o pessoal do CREA. Temos que
pagar o ART (Anotação de Responsabilidade
Técnica) para cada fase da construção (arquitetura,
estrutura, hidráulico, elétrico, proteção de raio, resíduos, ecológico etc.).
Se não pagar pontualmente a multa cada vez é de 14 mil reais (10 mil %!!!). Para
Arnaldo isto foi uma correria doida para São Luis. Também Clodson ajudou. – Em
nível diocesano o outro ecônomo da diocese sai; entra Pe. Assis.
JUNHO 2013: Neste ano pela primeira vez nos separamos
da festa junina da cidade. Foram três
dias de São João Cristão. Vieram os
cantores de fora Claudio e Evalto. Também a dança portuguesa das irmãs
Josefinas em Itapecuru. O lucro líquido nas barracas rendeu quase 4 mil reais e
foi para a igreja.
Em relação à construção
da igreja, neste ano já chegamos com os pilares a altura de 4 metros e
podemos começar com a sinta. Compramos 100 novos andaimes de 2 metros (12 mil
reais). Também enchemos o pátio com 110 caçambas de areia. (13 mil). Recebemos
também uma doação considerável da igreja
que sofre (140 mil em duas parcelas).
Dia 15 de FEVEREIRO de 2014 tivemos o 22º mutirão
começando com as vigas na altura de 4 metros. Compramos em Março também um
guincho que é capaz de puxar 250 kg para cima.
Texto Original é do Livro (Santa Maria de Anajatuba) do prof. e Poeta Mauro Rêgo, que narra a história da cidade/paroquia, com adaptação/resumo do pároco Pe. Maurus Schneider.
Colaborador da matéria Fábio Gomes, membro da CPP.
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